128.ÁLBUM-José Diegues (Enf)

José Augusto DIEGUES
1ºCabo Enfermeiro

Inserido no Grupo de Saúde da C.Caç.2418, sob o comando do Furriel Fernando Lopes, com os meus camaradas Marrão, Freitas e Martins.

…conheci muitos quarteis… antes de estar na nossa C.Caç.2418.
Jul 1967: Viseu-assentei praça no RI14.
Set 1967: Coimbra-formação na especialidade de ENFERMEIRO no RSS (Regimento do Serviço de Saúde).
Jan 1968: Coimbra-estágio no HMR2 (Hospital Militar Regional nº 2).
Mar 1968: Bragança-fui para o BC3.
Mai 1968: Lamego-fui transferido para o CIOE (Centro de Instrução de Operações Especiais). Neste fui mobilizado e enviado para o BC10 (Chaves). 
Ago 1968: Chaves-quando cheguei ao quartel a nossa companhia já tinha saído e tive que esperar o embarque para Moçambique que só aconteceu em Outubro. 
Out 1968: Lisboa-Adidos, na Calçada da Ajuda, onde esperei para ser embarcar (21/ 10/1968) no famoso NIASSA. 
Nov 1968: Cheguei a Massangulo o dia 20/11/1968… no dia que tinha falecido um soldado caído de uma Berliet. 
Fui integrado no 4º Grupo de Combate.

Quando a nossa Companhia estava em Sone tive problemas de saúde que, só muito mais tarde, em Furancungo, se verificou tratar-se de de algo grave (junto à última foto encontrarão a história deste meu problema).

O meu regresso à Metrópole só aconteceu em Dezembro de 1970, no navio “Moçambique”, porque, depois da alta do Hospital de Nampula, quando cheguei a Sone já a nossa Companhia tinha embarcado no Niassa. Fiquei integrado na C.Art.2496, em Sone, até ao meu embarque que veio a acontecer em 17 Dez 1970. 
Cheguei a Lisboa a 10 de Janeiro de 1971.

Seguem algumas das fotos que recordam o meu percurso na nossa missão em Moçambique.
José Augusto Diegues

Imagens de Massangulo









CATUR

A caminho de Maniamba

Maniamba
















Internamento no Hospital de Nampula


HEPATITE
O meu problema de saúde apareceu quando já estávamos em Sone e muito próximo da nossa saída para Furancungo (Maio 1970). Quer o nosso Capitão, quer o Alferes Gama Henriques pensavam que eu não queria ir para Furancungo. O meu problema não estava identificado, eu não comia nada… só bebia o suco das latas de fruta. Em Furancungo fui ao médico que me receitou comprimidos para a diarreia (coisa que eu não tinha) e eu sentia-me muito fraco. Decidi falar com o Comandante do Batalhão (Ten.Coronel) acompanhado por um Alferes local. Quando expus a minha situação o comandante chamou os telegrafistas para marcarem viagem para o Hospital de Tete, para onde segui de avião (Dakota). Uma semana depois os médicos, em Tete, decidem transferir-me para o Hospital da Beira que, curiosamente, não estava a funcionar e por isso fiquei na enfermaria do Batalhão da Beira. Cada vez pior e até com medo de morrer! Foi então decidido ser enviado para o Hospital de Nampula, por avião, onde foi identificada a HEPATITE e tratada durante três meses (Junho a Agosto.1970). 
Esta doença, confirmada em Nampula, ficou registada como “adquirida em serviço”. Algum tempo depois da minha disponibilidade recebi uma carta do Ministério do Exército confirmando aquele registo com a informação que, no caso de reincidência, me deveria dirigir ao Hospital de Mirandela.
O relato desta minha doença e a sua comprovação mostra, como o Sr. Capitão e o Sr. Alferes, estavam enganados a meu respeito.


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