011.MANIAMBA - Sociedade local



O aldeamento mal organizado e muito sujo, não tem comparação com os de Massangulo ou Chamande. Uma das partes do aldeamento estava perto das nossas tendas, outra e a mais importante próxima do Hospital. Tem nos arruamentos nomes dos de alguns bairros de Lisboa como Mouraria ou Praça Marquês do Pombal, frente ao Hospital, por exemplo. Para além do aldeamento, de tão mau aspecto, curiosamente existem algumas vivendas, de interessante construção, sendo uma do Administrador outra do seu Adjunto (onde se alojam os nossos graduados) e outros edifícios de habitação, em alvenaria. Na Praça Marques do Pombal podemos ver o Hospital que, não sendo muito mais que uma enfermaria, já foi uma importante estrutura de recolha, tratamento e apoio a leprosos. São visíveis algumas casas que nas traseiras do hospital que albergavam os portadores daquela doença.
Ao lado do Hospital o aquartelamento da companhia residente.
Não muito longe, após uma descida bem pronunciada, passava um rio, de água muito límpida e com quedas de água que proporcionavam uns bons banhos e diversão.
Não conseguimos identificar importância daquele local que justificasse a presença de um Administrador e Adjunto, mas eles estavam lá.
A mouraria
Hospital
Leprosaria
Vivenda
Vivenda
O rio
Zona de banhos e recreio
No aldeamento tivemos a oportunidade de seguir, durante algum tempo, a construção de uma palhota.
Estrutura
Com reboco
Pronta para habitação

BATUQUE
Dia de festa.
Os interpretes são geralmente mulheres, bem vestidas, que se organizam em circulo.
Este acto social era, e ainda será, usado em cerimónias de iniciação, casamentos, funerais, religiosas, etc .







Histórias e comentários
Fernando Lopes - Das várias viagens de e para Maniamba ressaltam-me à memória uma pequena passagem que me tocou bastante cá no fundo do coração.
Algures no trajecto tivemos que parar junto a uma povoação para dar descanso às viaturas e ao pessoal.
Mal tínhamos retirado a poeira que se colava no nosso rosto e já nos víamos rodeados de miúdos muito pequenos, não mais do que 10/12 anos e, ao ver-nos retirar das nossas rações de combate alguma coisa para comer, levantavam aquelas mãozitas ao mesmo tempo que diziam: “Dá eu, Dá eu”.
Pois bem, a maior parte do pessoal andava já saturado com alguns componentes da ração e, sem grande esforço, contentava aqueles meninos que, com aquelas ofertas, faziam um autentico Piquenique improvisado.
Dava gosto ver aquelas crianças a matar a fome de muita coisa, principalmente de carinho e atenção. (08.07.2015)

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