Sone - 6.Mar.70
O comboio chegou a Vila de Sena, que é a principal localidade naquela margem direita do Rio Zambeze. Na margem esquerda outra localidade (Mutarara) mais desenvolvida porém o acesso, por uma ponte muito longa (3,7Km), muito antiga e muito caduca, construída especialmente para linha férrea, só acessível a peões e bicicletas ou motos.
Seguimos para Sone, mesmo junto à margem do rio Zambeze, a uns 17 Km de Sena. As nossas instalações eram um antigo entreposto/armazém de algodão composto por vários edifícios que servem de aquartelamento. Para os Furriéis uma casa, tipo vivenda, bastante espaçosa e suficiente para o seu conforto. Para os Oficiais, alguns com família, outras pequenas vivendas confortáveis. Diversos edifícios puderam acondicionar todos os militares e todos os serviços da companhia com alguma dignidade.
Estamos numa zona de bastante calor e estas instalações “beijavam” o Rio Zambeze que aqui atinge uma largura muito superior a 500mts, de corrente muito forte e ondulosa. Os banhos não são aconselháveis devido aos parasitas que frequentam estas águas e, segundo consta, há crocodilos por perto (já houve mortos entre os habitantes locais).
Percorrida toda a zona, com acções de controlo e “psico” junto das populações, verifica-se que os aldeamentos são muito dispersos e muito pequenos dando a imagem mais de núcleos familiares que aldeamentos como estávamos habituados no Niassa.
Neste período de pausa total, demasiado monótono até por falta de alternativas, vamos preenchendo o tempo com jogos de cartas, banhos de sol na margem do rio e pouco mais.
Alguns Grupos de Combate foram destacados para Tambara e Canxixe.
Neste
local dependemos do Batalhão de Caçadores 16, na Beira, no contexto
Operacional, Administrativo e Disciplinar.O comboio chegou a Vila de Sena, que é a principal localidade naquela margem direita do Rio Zambeze. Na margem esquerda outra localidade (Mutarara) mais desenvolvida porém o acesso, por uma ponte muito longa (3,7Km), muito antiga e muito caduca, construída especialmente para linha férrea, só acessível a peões e bicicletas ou motos.
Seguimos para Sone, mesmo junto à margem do rio Zambeze, a uns 17 Km de Sena. As nossas instalações eram um antigo entreposto/armazém de algodão composto por vários edifícios que servem de aquartelamento. Para os Furriéis uma casa, tipo vivenda, bastante espaçosa e suficiente para o seu conforto. Para os Oficiais, alguns com família, outras pequenas vivendas confortáveis. Diversos edifícios puderam acondicionar todos os militares e todos os serviços da companhia com alguma dignidade.
Estamos numa zona de bastante calor e estas instalações “beijavam” o Rio Zambeze que aqui atinge uma largura muito superior a 500mts, de corrente muito forte e ondulosa. Os banhos não são aconselháveis devido aos parasitas que frequentam estas águas e, segundo consta, há crocodilos por perto (já houve mortos entre os habitantes locais).
Percorrida toda a zona, com acções de controlo e “psico” junto das populações, verifica-se que os aldeamentos são muito dispersos e muito pequenos dando a imagem mais de núcleos familiares que aldeamentos como estávamos habituados no Niassa.
Neste período de pausa total, demasiado monótono até por falta de alternativas, vamos preenchendo o tempo com jogos de cartas, banhos de sol na margem do rio e pouco mais.
Alguns Grupos de Combate foram destacados para Tambara e Canxixe.
Imagem de satélite. Bem visível o Rio Zambeze. A ponte D.Ana que liga Vila de Sena a Mutarara tem 3,4Km. |
A ponte Dona Ana (já remodelada 2012) que liga Vila de Sena a Mutarara
Acácio Tomás - A Ponte para Mutarara. Esta ponte, sobre o rio
Zambeze, ligava Vila de Sena a Mutarara. Tinha mais de 3km. Era pedonal, mas
também aceitava motoretas, se se carregasse com elas, uns lances de escadas.
Soube que depois do 25 de Abril foi arruinada.
Da Internet - Após a independência e no decorrer da guerra civil, em Moçambique, a ponte Dona Ana (ferroviária) viria a ser convertida em ponte rodoviária, com trânsito num só sentido de cada vez, situação que se manteve até Setembro de 2008, quando se iniciaram os trabalhos que a reconduziram à sua vocação inicial de ponte ferroviária, no âmbito da reabilitação da Linha de Sena, o que aconteceu em 2012.
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