Desde a cidade que nos acolheu e onde estava instalado BC10 à chegada a Lisboa, para embarque no Vera Cruz, passando pela formação do pessoal e constituição da Companhia.
Estes são os primeiros passos de uma família, que as circunstâncias da época fizeram nascer e cimentar laços eternos de amizade e solidariedade.
QUEM PASSA POR ELAS É QUE SABE!
1968- A cidade de Chaves
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Fernando Carvalho Depois do curso de Sargentos em Tavira, formado em Armas Pesadas, fui "empandeirado" para Chaves onde cheguei nos primeiros dias de Janeiro de 1968. Fiz parte da formação de recrutas e, em Abril68, de especialização em "armas pesadas". A par desta formação de "especialização" fui requisitado para a Secção de Justiça onde fui envolvido no tratamento de processos judiciais e, sem eu saber, foi a minha preparação para ser o responsável pela Secção de Justiça, além de Atirador e operacional, durante a nossa missão em Moçambique.
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Fernando Carvalho -À esquerda, com a metralhadora, o Viana (furriel que integrou a C.Caç.2419). Na extrema-direita é o Nando (sou eu)! À frente (quase deitado) o Aspirante? Dos 3 rapazes atrás dele, o da esquerda, parece-me o Adão. Outras caras eu reconheço mas não me lembro do nome.
CHAVES - Fogos Reais
28Mai68
No decorrer dos fogos reais, com os militares que viriam a fazer parte das C.Caç.2418 e C.Caç.2419, morreu instantaneamente um soldado devido ao rebentamento de uma granada, lançada por Dilagrama com a G3 - não sabemos se mal lançada ou por avaria no dispositivo. O soldado, que lançou a granada, saiu do ninho e deitou-se sobre a granada antes do seu rebentamento – talvez um acto heróico. Da mesma granada morreram mais tarde um aspirante (Matos) e mais quatro soldados que estavam no mesmo “ninho” de lançamento de granadas. Toda esta cena mesmo à nossa frente que, um pouco mais acima, fazíamos fogo com a metralhadora Breda.
No decorrer dos fogos reais, com os militares que viriam a fazer parte das C.Caç.2418 e C.Caç.2419, morreu instantaneamente um soldado devido ao rebentamento de uma granada, lançada por Dilagrama com a G3 - não sabemos se mal lançada ou por avaria no dispositivo. O soldado, que lançou a granada, saiu do ninho e deitou-se sobre a granada antes do seu rebentamento – talvez um acto heróico. Da mesma granada morreram mais tarde um aspirante (Matos) e mais quatro soldados que estavam no mesmo “ninho” de lançamento de granadas. Toda esta cena mesmo à nossa frente que, um pouco mais acima, fazíamos fogo com a metralhadora Breda.
Foi uma visão horrorosa, de
pânico e de espanto para todos nós. Situação inesperada e traumatizante. É um
registo da vida que não se esquece.
Comentários:
Manuel Silva "Lima" -Um desses Soldados era meu conterrâneo era o João. Paz à sua Alma. Em Vila Real um outro meu conterrâneo num exercício com granadas defensivas ficou com uma mão toda rebentada, tirou a cavilha da granada e ficou com a granada na mão.
Acácio Tomás -Nessa data
ainda eu não fazia parte da C.Caç. 2418. Estava em Lamego. Soube pelo jornal desse acidente e não sabia
que tinha provocado tantas vítimas. Mesmo assim fiquei chocado. Menos de um mês
depois fui mandado para Chaves, substituir o Cap. Trigueiros, no Comando da
2418.
Algumas das armas utilizadas no exercício de Fogos Reais |
DE CHAVES A LISBOA
Saímos de Chaves no dia 22.Julho.1968.
Partimos pelas 16h30, chegamos à Régua às 21h30 (que seca). Cinco horas dolorosas especialmente pelas condições de acomodação que o comboio (não) oferecia. Era conhecido pelo "Texas".
Seguia também a C.Caç.2419. Um cabo, desta companhia, deixou cair os óculos e saltou do comboio, que seguia em andamento lento, para os apanhar e, a correr, tenta regressar à carruagem. Nesse momento o comboio acelerou a sua marcha e o cabo não conseguia chegar à carruagem. Um dos seus companheiros accionou a alavanca de travagem... e o comboio parou. Veio o chefe, muito furioso... mas aceitou as desculpas e o comboio seguiu.
Chegados ao Porto retomamos a viagem rumo a Lisboa.
Chegamos a Santa Apolónia pelas 6h30 do dia seguinte.
Estação de Santa Apolónia |
Esperavam-nos viaturas para nos transportar até ao Cais da Rocha de Conde d'Óbidos, em Alcântara.
Cais da Rocha Conde de Óbidos |
Entrai! Entrai!
Manuel LIMA SIlva - Eu cheguei a Lisboa com uma sede, o que valeu foi o café que nos deram à entrada do barco
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