028.O LIVRO da C.Caç.2418

COMPANHIA DE CAÇADORES 2418
Na Guerra em Moçambique  1968-1970

Este foi o título escolhido para rotular o livro que relata a crónica, a história, o diário ou o álbum de uma Companhia que foi envolvida na Guerra de África.
O autor ao anunciar o livro (3.Jul.2018) refere:
"Relativamente ao livro -A COMPANHIA DE CAÇADORES 2418, na guerra em Moçambique, 1968-1970 - quero deixar claro que, no projecto da sua produção, esteve e está o objectivo que deixar um legado aos nossos filhos, netos, vindouros e amigos, de um período da nossa vida que continua ignorado ou escondido na História de Portugal. São apenas os ex-combatentes os que, teimosamente, mantêm acesa essa memória ... enquanto formos vivos.
Acrescento ainda que este livro, não tendo pretensões de comercialização, será oferecido a cada um dos camaradas presentes no Convívio de 7 Julho 2018, em Celorico de Basto."

O autor realça a intenção da sua obra no texto que preenche a sua contra-capa.

Esta é a nossa história, vivida na missão da C.Caç.2418 em Moçambique.
História que é nossa, que a nós diz respeito, que só nós compreendemos, porque só nós a vivemos. Se a queremos recordar, nos seus bons e maus momentos, façamos isso enquanto estamos VIVOS! Os nossos filhos, netos, familiares e amigos, se não conhecerem este documento nunca compreenderão (na sua maior parte) o nosso sentimento, a nossa vivência porque apenas terão acesso a alguma informação sobre a História da Guerra de África, entre 1961 e 1974, onde não está tu, não estou eu, nem está a C.Caç.2418. Somos nós que temos que “gritar” que a guerra existiu… porque o silêncio que nos envolve, sobre este período, é ensurdecedor!

A C.Caç.2418 foi constituída em Chaves, no Batalhão de Caçadores 10, em 25 Junho de 1968, aquando do I.A.O. (Instrução de Aperfeiçoamento Operacional), com o nomeado comandante Capitão Miliciano Acácio Gomes Tomás.
Foi destinada a Moçambique, como Companhia Independente.
Saímos de Chaves em 22 de Julho de 1968, embarcamos em Lisboa, no paquete Vera Cruz, no dia 23 de Julho de 1968 e regressamos no paquete Niassa, que atracou em Lisboa no dia 16 de Setembro de 1970.
Citamos todos locais onde iniciou e nos levou a nossa missão: CHAVES, MASSANGULO, MANIAMBA, CATUR, SONE, CANXIXE, TAMBARA, FURANCUNGO, VILA GAMITO e, em cada local recordamos os momentos que ainda ocorrem nas nossas memórias.

Motivos de orgulho:
Trabalhamos muito, sacrificámo-nos, sofremos.
Cumprimos a nossa missão.


Da abertura do livro o autor esclarece dos objectivos desta obra.

Nota do autor


Perguntei a mim mesmo por que me atrevi a escrever este livro. Foram muitas as respostas, mas elegi as que se me afiguram de maior relevância.

A primeira: pelos meus camaradas.
Criei um Blogue exclusivamente dedicado à nossa Companhia, inspirado no Facebook, de iniciativa do ex-Alferes Carlos Neto, que, para além de relatar a história da Companhia, possui inúmeras fotografias, não só dos locais por onde passámos em missão, mas também de todos os convívios realizados e álbuns individuais. Das muitas visitas registadas no Blogue, poucas incluem os nossos camaradas. Muitas dessas visitas são de militares que passaram pelos mesmos locais, confirmando as suas recordações e comentando a sua passagem.
Pude confirmar, especialmente nos convívios, que a maioria dos meus camaradas não acediam a computadores e, assim, um livro seria uma forma de recordarem a sua própria história.

A segunda: o registo de uma história.
A história desta Companhia é parte da História da Guerra de África – 1961/1974.
Não é uma história do autor, nem da Guerra em Moçambique, nem, muito menos, da Guerra de África. É simplesmente a história de 16 dezenas de homens que, integrados numa Companhia de Caçadores, foram obrigados a cumprir e cumpriram a sua missão.

A terceira: a indiferença e o esquecimento.
      Para além dos qualificados historiadores, que muito me ajudaram a enquadrar as políticas governamentais e militares com a decorrência do nosso tempo de campanha, são os ex-combatentes da Guerra de África que continuam a ser o motor do “não esquecimento”, publicando livros e artigos. Também as diversas instituições organizadas, tais como o Movimento Cívico dos Antigos Combatentes, a Associação dos Combatentes do Ultramar, a Liga dos Combatentes, e muitas mais, fazem com que aquela guerra que deixou cicatrizes, ainda vivas, não seja ignorada e remetida para o “caixote” do esquecimento.
Um outro extraordinário exemplo é o Monumento aos Combatentes do Ultramar, construído junto da Torre de Belém em Lisboa e inaugurado em 1994, cuja ideia nasceu em Guimarães, em 1984, no seio da Associação dos ex-Combatentes do Ultramar. Mais tarde, na sede da Liga dos Combatentes, em Lisboa, foi constituída a Comissão Executiva, sob a presidência da Liga dos Combatentes e participação das: Associação dos Combatentes do Ultramar, Associação dos Deficientes das Forças Armadas, Associação de Comandos, Associação da Força Aérea Portuguesa, Associação dos Especialistas da Força Aérea Portuguesa, entre outros.
Ainda outro exemplo, de intolerável esquecimento e indiferença, são os mais de 1.000 militares que ainda não foram transladados, dos diversos teatros de guerra para as suas terras de origem, mais de cinquenta anos depois. São os diversos movimentos dos ex-combatentes que continuam a desenvolver esforços para limpar esta crueldade e vergonha, porém sem grande sucesso. As promessas dos diversos governos e dos seus ministros, e também da própria Assembleia da República… são vãs, claramente vãs, e vão “paleando” este dever do Estado de Portugal. E a alta hierarquia militar? Alguma vez os ouviram comentar? Conhecem alguma diligência para com aqueles que foram seus subordinados e lá continuam sepultados? Eu não ouvi…! Fomos só carne para canhão?


Em breve estaremos todos mortos… o que será um alívio para todos os que nos ignoram e nos querem esquecer.

Acrescento ainda, por que escrevo este livro?
Para que não se esqueça que a nossa juventude foi amargamente prejudicada com todo este processo sem objectivo.
Para que a nossa geração não seja ignorada, nem ignorados os sacrifícios dos nossos familiares que, amargamente, pagaram e sustentaram esta guerra, sem vencedores nem vencidos, que teve como resultado para as nossas tropas 8.831 mortos, mais de 100.000 feridos e doentes, mais de 30.000 evacuados, mais de 15.000 deficientes e ainda cerca de 50.000 neuróticos de guerra.
Para que os nossos filhos, netos, família, os vindouros, possam conhecer um importante e dramático período da História de Portugal em que o seu antecessor, seu familiar ou amigo foi interveniente.

Em todos os textos procurei os fundamentos da realidade dos factos, das sensações vividas e sofridas. Impedi-me de romancear ou especular qualquer tema ou situação. Privilegiei o rigor da informação pessoalmente vivida, da que foi recebida e confirmada nas diversas entrevistas realizadas, dos testemunhos de diversos camaradas e em textos de credibilidade histórica.

Em consciência… cumpri a minha missão.

Fernando Carvalho


O prefácio realça a política e as afectações sociais vividas na época.

PREFÁCIO

      No quadro geoestratégico internacional que Portugal vivia nos anos sessenta e ainda em plena vigência do chamado Estado Novo, Salazar insistia em que as fronteiras da nação portuguesa deviam continuar a estender-se até Timor, incluindo os territórios africanos da Guiné, Angola, Moçambique, e ainda as ilhas atlânticas de S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
      Acontece que, neste processo histórico, a Europa já estava de certo modo avançada na descolonização, todavia sem nunca ter atingido a sua plenitude, quando em 1961 rebentou no norte de Angola a primeira rebelião armada dos movimentos de libertação contra a soberania portuguesa.
Eis então que começa a Guerra Colonial, o que obrigou à preparação de unidades militares denominadas destacamentos, companhias, ou batalhões, designadas em função do número de homens que as integravam e também dos fins a que se destinavam.
      É neste âmbito que em Abril de 1968 nasce a C.Caç. 2418, preparada na cidade de Chaves, mais propriamente no aquartelamento do Batalhão de Caçadores 10, onde neste livro e da autoria do ex-furriel Fernando Carvalho, se vai contar a história desta unidade militar, razão pela qual, e desde já, se presta uma sentida homenagem aos nossos militares que em plena campanha faleceram: Lino, Mendes, Costa e Ferreira.
      Às mães portuguesas que viram os seus filhos partirem para uma guerra que à partida a maioria dos portugueses considerava um fracasso, uma sentida homenagem pela coragem que tiveram e pelo sofrimento e angústia que viveram enquanto decorriam os dois anos de comissão de serviço, homenagem esta extensiva a todos os militares que em plena campanha e, durante os treze anos de guerra colonial, faleceram.
      Recorde-se que em 1969, a estrutura socioeconómica das famílias portuguesas assentava sobretudo nas classes baixas (42% na classe baixa-superior, 17% na classe baixa-inferior, 35% classe-média e apenas 6% à classe média-alta), o que significava um padrão de vida da maioria muito inferior à média europeia. Talvez por isso, associado a um baixo nível de desenvolvimento cultural, de informação e a um regime político ditatorial, a população emigrou em força para a Europa (com a preocupação de melhorar a sua débil situação económica) não tendo oferecido uma resistência activa à guerra colonial, da qual poderia ter sido exemplo um sério levantamento popular a fim de evitar que a mesma começasse, o que não aconteceu.
      Todavia, veio esta tragédia a culminar com uma derrota política, desencadeada pelas próprias forças armadas portuguesas, mas que, do mal o menos, acabou por contribuir para o virar de mais uma página cinzenta da nossa história, não esquecendo os longínquos anos de 1578, com a desgraça de Alcácer-Quibir, mas que desta vez, felizmente acabou, com a mudança do regime político em Portugal.
      Apraz-me chamar à atenção quanto ao “rigor da descrição” desta obra. Nas conversas que tive com o seu autor, assim como com o ex-alferes Carlos Neto, enquanto decorriam os trabalhos preparatórios, não me passou despercebida a grande preocupação em transmitir, com a maior transparência possível, os acontecimentos, os quais aliados às próprias imagens pudessem ser entendidos, mesmo por quem não tenha formação militar, tarefa nada fácil, diga-se já. A verdade, porém, é que mesmo decorridos 49 anos, o “laboratório” deste autor funcionou e o livro já cá está.
      De todo o modo, e porque, enquanto autor deste prefácio, e também porque integrei esta unidade, deixo ao ex-furriel Carvalho uma saudação pelo seu trabalho que ficará para a história do Exército Português, com a certeza de que valeu a pena recolher todo esse material que, uma vez seleccionado, deu lugar a um livro. Não me compete julgar seja o que for, mas no meu entendimento o seu autor fica desde já “absolvido” por qualquer incorrecção (mesmo que de ordem técnica) que tivesse ocorrido durante a elaboração do mesmo.
      Recorde-se que foi necessário utilizar em simultâneo a linguagem militar e uma outra mais social, e por isso de certo modo mais difícil, mas tal facto não amedrontou o seu autor e, por ser verdade, conseguiu transmitir com detalhe os acontecimentos desta campanha entre 1968 e 1970, algures no norte de Moçambique
      Num outro plano, não posso deixar passar sem uma palavra de estima aos outros dois colegas oficiais Gama Henriques e Ferreira Gomes, com quem partilhei alguns bons e maus momentos, com particular destaque para o comandante da unidade ex-capitão Acácio Tomás. Não sendo um militar de carreira, a verdade é que procurou sobretudo nas ocasiões mais difíceis encontrar as melhores soluções, se é que as há em plena guerra, mas fê-las, sabemos, pelo melhor para com os homens que dirigia. Um agradecimento, aproveitando esta oportunidade, a toda a Companhia pela colaboração que me foi prestada, em especial para o segundo pelotão que tive a honra de comandar, a quem, com humildade, apresento as minhas desculpas pelo que tivesse corrido menos bem. Passados que foram aproximadamente quatro anos, o 25 de Abril de 1974 veio finalmente acabar com uma guerra injusta, que tanto sofrimento causou, e simultaneamente iniciar um novo regime político visando a instauração de uma verdadeira democracia.
      Concluindo, faço votos para que se mantenham os convívios que anualmente estão a acontecer, de forma a que os nossos descendentes possam ir recordando os seus, que lutaram numa guerra chamada de “colonial” e que, na sua essência, constitua mais um alerta para que os nossos filhos tenham um futuro bem mais estável e sustentado, do que os seus pais tiveram no anterior poder político.
José Carlos Henriques (ex-Alferes)



Comentários

No próximo dia 7 de Julho de 2018, em Celorico de Basto, a par do convívio anual e da celebração dos 50 anos da formação da Companhia, vai ser apresentado o livro "A COMPANHIA DE CAÇADORES 2418 - Na guerra em Moçambique 1968-1970". Na sua contra capa são referidas as principais motivações para a produção desta obra, que espero seja bem recebida pelos seus legítimos destinatários... os camaradas da C.Caç.2418.
Fernando Carvalho (ex-Furriel) Autor

Sem dúvida que és um Homem de AGÁ GRANDE. Espero que todos estejam à altura de reconhecer e agradecer a tua dedicação e espirito de camaradagem, os quais ficarão para a história. Parabéns.
Manuel Portela (Cabo) Jul.2018

Ao amigo Fernando Carvalho, o obrigado do ex-Comandante da C.Caç.2418, por ter levado até ao fim esta " Operação". Não tenho dúvidas em dizer que este agradecimento é de todos aqueles que fizeram parte desta Companhia. 
Abraços de todos nós.
Acácio Gomes Tomás (Capitão) Jul.2018

É um gosto ver a dedicação, trabalho e pertinácia do amigo Fernando Carvalho na feitura desta obra. Sem o seu esforço jamais se teria levado a bom porto todo este recolher de memórias da passagem da C.Caç.2418 por terras de Moçambique. Para ele todo o meu apreço e um muito obrigado. Um abraço deste amigo e até Celorico.
Fernando Lopes (Furriel) Jul.2018


Permitam meus senhores estas minhas palavras. Sou primo (mais irmão) do Fernando Carvalho. Queria testemunhar o meu enorme orgulho no meu primo pela sua indómita vontade de cumprir um objectivo, melhor, um sonho! Acompanhei o seu entusiasmo, o seu compromisso, o seu sofrimento ao reviver os dramas que ele e todos os seus camaradas viveram e que se esforçam por tentar esquecer. Sempre com uma preocupação: "falo pouco, muito pouco, de mim". Não! Não é vaidoso! Antes um excelente Ser Humano, que na vida foi sempre um Vencedor. Daí, e acabo como comecei, tenho um enorme orgulho no meu Mano Velho!
Fernando Guimarães - Jul.2018


OBRIGADO, Amigo Fernando Carvalho é muito pouco dizer um obrigado, merecias uma condecoração, não estou a dizer nada que não possa ser feito. A minha admiração por ti, aliás a companhia 2418 está cheia de Homens inteligentes e com Boa Formação, humildes e Lutadores. Um Abraço a todos os Camaradas, a ti Fernando Carvalho, a minha admiração.
Manuel Silva (Soldado) Jul.2018

É um livro histórico e real. Todos o terão que guardar como coisa sagrada.
Manuel Portela (Cabo) Jul.2018

Amigo Carvalho. Li o livro sofregamente e está maravilhoso. Mais uma vez muitos parabéns
Fernando Lopes (Furriel) Jul.2018

Terei um prazer enorme e me sentirei grata de poder ler com muito entusiasmo o livro dos nossos heróis. 
O meu já me espera em Portugal no regresso para mais umas merecidas férias junto de minha querida e amada Família PAPÁ MANUEL FREITAS MEU HERÓI.
Oliveira São (filha de Freitas Vieira-Soldado) Jul.2018

Só li a introdução porque as minhas netas querem ler primeiro eu deixei porque agora nas férias dá-lhes jeito
Domicilia Pojo - Jul.2018

Fernando Carvalho, quero felicitar-te pelo excelente livro que publicaste onde num português escorreito, com excelente documentação, acabaste por contar a história de muitas companhias com as vicissitudes da tua. Lembro-me de ti. Um grande abraço e um renovado agradecimento ao Carlos Maldonado Neto pela excelente e generosa oferta.
Carlos Esperança (Batalhão de Caçadores 1936) 13.Out.2018

Quero deixar aqui a minha homenagem ao autor de um livro que conta com factos, de forma séria e escrita cuidada, a história de uma Companhia de Caçadores que podia ser a de muitos de nós.
"Companhia de Caçadores 2418" é o testemunho que devia ser lido por todos os que têm de uma guerra injusta, e condenada ao fracasso, uma visão distorcida pela ditadura.
Meio milhão de jovens foram condenados ao degredo e bateram-se com coragem por uma causa que não mereciam.
Parabéns ao Fernando Carvalho que tive o gosto de conhecer no Catur e, talvez, de ver em Massangulo. Um abraço de velho camarada.
Carlos Esperança (Batalhão de Caçadores 1936) 15.Out.2018

Do blogue C.Cav.2415 
Livro de Excelência - C.CAÇ.2418
O título deste texto é deveras sentido. Fiquei bastante impressionado com a qualidade do que li e vi no livro, principalmente, no aspecto emocional e do realismo sem fantasias. Não esquecer que já se passaram 50 anos e, mesmo assim, haver quem continue sem "medos" daqueles que parecem esquecer que houve uma guerra colonial. Daí, e assumindo o que digo, o considerar uma pequena "obra-prima". 
Insiro, abaixo, algumas das páginas que constatam isso mesmo.
Mas, antes, transmito de novo, por não ser demais, em nome da C.Cav.2415 ao amigo Fernando Carvalho, responsável pela obra, os agradecimentos devidos pela oferta do livro.
Aproveito para dizer que o livro passa a estar à disposição de qualquer companheiro da nossa 2415 bastando, para isso, me contactar.  

  • Quem pode ficar indiferente à verdade gritante descrita no 1º parágrafo na contra capa? 
  • Chamo a atenção da mensagem que a CCaç.2418 dedica à nossa CCav.2415: "partilhamos uma guerra que parece quererem esquecer… mas nós NÃO!!"
  • O que se lê na página acima (Nota do autor) intitulada "A indiferença e o esquecimento" é por demais dolorosa tanta verdade. Mas, encolher os ombros porque até já faz parte do passado, foi coisa que o autor não fez e, ao terminar a obra, humildemente ainda acrescenta: "Em consciência cumpri a minha missão". E eu respondo: Amigo fizeste até demais em nome de 1 milhão e 400 mil jovens militares que foram obrigados a uma guerra que não "compraram". A minha enorme admiração e muito obrigado.  
A. Castro (Companhia de Cavalaria 2415) 10 Nov 2018


“OS PASSOS SEGUEM, AS PEGADAS PERMANECEM.”

Há dias, ao deslocar-me para levar o meu neto ao Colégio (S. Martinho de Dume – Braga) deparei-me com uma lápide de homenagem a uma figura daquela localidade que dedicou a maior parte da sua vida a favor dos outros.
Tal reconhecimento de dedicação estava encimado com a seguinte inscrição:

“Os passos seguem, As pegadas permanecem.”

Fez-me pensar um pouco tal menção. Por certo, merecidíssima tal homenagem, haverá outros momentos na vida que nos levam a reflectir de igual forma em relação a outras situações que nos merecem todo o respeito e apreço, não se podendo, por isso, deixar passar em claro sob pena de sermos injustos e, acima de tudo, ingratos.

Vem este assunto à colação para realçar e dar ênfase ao trabalho desenvolvido e à dedicação levada a cabo pelo autor do livro “COMPANHIA DE CAÇADORES 2418”, da qual fiz parte como Furriel Enfermeiro.
Ao que sei e ao que me vem sendo confidenciado, esta obra é o resultado de muita pesquisa, deslocações, muito querer, horas gastas na compilação de inúmeros contributos dados, elementos e informações de todo um Grupo de 16 dezenas de militares que foram chamados a prestar serviço em Moçambique. Foram dados muitos “PASSOS” na ânsia de tudo contar com o maior rigor e exactidão possíveis.
Honra ao esforço, pertinácia, dedicação e carinho postos em todo este trabalho. Não fosse assim e muitas das nossas memórias esvair-se-iam no tempo, para nunca mais serem recordadas.

É UM TRABALHO DE TODOS PARA TODOS.

O autor FERNANDO CARVALHO, meu caríssimo amigo, deixou também ele a sua própria “PEGADA” indelével na feitura desta obra.
Marcou as nossas vidas para sempre!
Bem haja. Assim “PERMANECEMOS” todos unidos.
Um abraço do amigo
Fernando Lopes (Furriel) 22 Nov 2018

Ele é o autor duma obra histórica e um grande SENHOR. Parabéns.
Manuel Portela (Cabo) 22 Nov 2018 


25.11.2018 - Hotel Sheraton/Porto - 19h00
Com a preciosa colaboração do meu camarada Domingos Magalhães, foi possível a entrega pessoal, ao Senhor Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, do livro " A COMPANHIA DE CAÇADORES 2418, na guerra em Moçambique - 1968/1970" .
O nosso Presidente consta da história da C.Caç.2418 quando, com sua mãe, Sra. Dra. Maria das Neves, visitou a nossa Companhia, em Maniamba/Niassa/Moçambique, nas vésperas do natal de 1969.
Manifesto-me honrado, orgulhoso e feliz pela aceitação e pelos elogios ao objectivo desta obra. 
Deste encontro, que se prolongou por longos minutos, publico um pequeno resumo.
Fernando Carvalho (ex-Furriel) Autor





Como ex- Comandante da C .Caç.2418 sinto-me muito honrado pela aceitação, pelo Excelentíssimo Sr. Presidente da República, do livro que relata a nossa passagem por Moçambique. Elaborado pelo nosso camarada Fernando Carvalho tem muitas fotografias, a maior parte das quais tiradas e trabalhadas por ele. Com muito orgulho de todos os ex-militares da 2418,
o ex-Cap. Milic, Acácio Gomes Tomás 27.11.2018


2018.11.27
Venho, por este meio, agradecer a amabilidade que teve em oferecer-me o livro “A Companhia de Caçadores 2418 – Na Guerra em Moçambique 1968-1970”, livro esse que a Thais, sua neta, gentilmente me entregou.
Tal como diz a nota do autor, a história da Companhia faz parte da guerra em que nos envolvemos entre 1961-1974. Os episódios narrados no livro, e a contextualização dos mesmos, ajudam a construir e a conhecer melhor este período da nossa história.
Gostaria, também, de endereçar-lhe os meus parabéns pela coragem que teve em recuar no tempo e relembrar o que, por certo, o marcou para uma vida, e de recolher os testemunhos de outros homens que viveram a incerteza dos dias, e assim escrever um livro. Para que a memória não se apague com o tempo.
Os meus sinceros agradecimentos
Maria Adelaide Lima (Prof.História - Escola Básica Vallis Longus/Valongo)

2019.06.08
Já há uns bons anos que há uma página na NET dedicada aos Veteranos da Guerra no Ultramar que tem como autor o ex Furriel António Pires. Esta página contém uma vasta informação que interessa a todos os ex combatentes e que, eu mesmo, consultei para confirmar algumas informações contidas no nosso livro "A C.Caç.2418 na Guerra em Moçambique". Acabo de ser surpreendido com uma vasta informação e destaque para o livro da nossa Companhia. Ainda não sei de quem partiu a iniciativa (vou tentar saber e agradecer a publicação) mas em nome da nossa C.Caç.2418 quero agradecer tal destaque. 
Aos interessados consultem:

http://ultramar.terraweb.biz/06livros_FernandoCarvalho.htm?fbclid=IwAR3HASSVyj00Xy7CNXIz-BtIMUzJnJXhC8fvkS5BN0ZygF8H1ooJhbtbPsA

http://ultramar.terraweb.biz/index.htm

Fernando Carvalho

Sem comentários:

Enviar um comentário