Depois de cerca 50 dias em Catur,
que supostamente estaríamos em tempo de descanso, que se resumiram a cerca de
30 dias e os restantes em operações de vigilância e controlo (sem relevância), segue-se uma nova
caminhada da nossa companhia.
Tínhamos muitas centenas de quilómetros a percorrer até SONE, na província de Sofala, junto ao Rio Zambeze.
No dia 26.Fev.70 naquela estação de Catur, de boas recordações, embarcou a C.Caç.2418 rumo a Nacala. Mais uma vez uma viagem de dois dias mas com outra disposição e mais tranquilidade porque saíamos de uma zona de guerra para outra em paz (ainda). A viagem? Uma seca! Cerca de 770Km, cerca de 48 horas, porém, desta vez, sem anomalias. Mesmo assim foi uma viagem que parecia não ter fim, porque era grande a ânsia da chegada ao novo local.
Finalmente em Nacala (28.Fev) esperava-nos o mesmo navio que nos transportou até Moçambique, o VERA CRUZ. Arrancou algumas horas depois e seguiu até Porto Amélia. Mais um dia e a saída para a Beira (para nós… que lentidão!)
Na Beira não houve tempo para ver a cidade. Do navio para a estação, de sacas e malas na mão, entramos no comboio e seguimos até Vila de Sena (cerca de 350Km e umas 25 horas) num dia de calor insuportável. Chegados à Vila de Sena estavam as viaturas prontas para a última parte da viagem, cerca de 15 Km até ao nosso novo aquartelamento – SONE.
Em Sone, tudo estava preparado para nos receber. Com bastante antecedência foi enviado um grupo para receber os materiais e preparar a nossa chegada.
Segue-se o repouso dos guerreiros.
Tínhamos muitas centenas de quilómetros a percorrer até SONE, na província de Sofala, junto ao Rio Zambeze.
No dia 26.Fev.70 naquela estação de Catur, de boas recordações, embarcou a C.Caç.2418 rumo a Nacala. Mais uma vez uma viagem de dois dias mas com outra disposição e mais tranquilidade porque saíamos de uma zona de guerra para outra em paz (ainda). A viagem? Uma seca! Cerca de 770Km, cerca de 48 horas, porém, desta vez, sem anomalias. Mesmo assim foi uma viagem que parecia não ter fim, porque era grande a ânsia da chegada ao novo local.
Finalmente em Nacala (28.Fev) esperava-nos o mesmo navio que nos transportou até Moçambique, o VERA CRUZ. Arrancou algumas horas depois e seguiu até Porto Amélia. Mais um dia e a saída para a Beira (para nós… que lentidão!)
Na Beira não houve tempo para ver a cidade. Do navio para a estação, de sacas e malas na mão, entramos no comboio e seguimos até Vila de Sena (cerca de 350Km e umas 25 horas) num dia de calor insuportável. Chegados à Vila de Sena estavam as viaturas prontas para a última parte da viagem, cerca de 15 Km até ao nosso novo aquartelamento – SONE.
Em Sone, tudo estava preparado para nos receber. Com bastante antecedência foi enviado um grupo para receber os materiais e preparar a nossa chegada.
Segue-se o repouso dos guerreiros.
Comentários
Acácio Tomás - Esta viagem, de
Catur a Nacala, foi mais alegre do que a de sentido contrário. Íamos mais para
o sul e todos sonhávamos com a NAMACHA (bem perto de Lourenço Marques)... afinal
saiu-nos Sone (Vila de Sena) e quase a terminar, quase dois meses em Furancungo.
Apesar de tudo, não tivemos de entrar na "NÓ GÓRDIO" por estarmos,
quase todos lá para cima (Furancungo).
Acácio Tomás - Não recordo as datas, mas o percurso de comboio de Catur até Nacala (os
tais 700km), embora demorado e cansativo, não foi tão "acidentado"
como na ida. Não me lembro de ter havido necessidade de partir o comboio,
pois não tinha subidas tão grandes. Fomos num Navio até à Beira. Apanhámos lá
muito calor. Instalados no comboio, desejosos que ele começasse a andar e
esperançados numa aragem que nos refrescasse, sofremos grande desilusão, pois a
"aragem ainda parecia mais quente"! Andados 130km, chegámos a
Inhaminga, mas ainda faltavam outros tantos, para chegar a Vila de Sena e
embarcar nas Viaturas até SONE. Não sei quanto demorámos, mas não foi menos de
25 horas (como de Catur a Nampula).
Maldonado Neto - Em Fevereiro seguinte começa a viagem de comboio de Catur para Nacala
e aí embarca a C.Caç.2418 para a Beira onde apanha o comboio até Sena, seguindo
de carro para Sone e, numa velha e abandonada fábrica de algodão, são as novas
instalações militares dos TIGRES DO NIASSA. Não acompanhei a C.Caç.2418 nesta
viagem porque a fiz de avião de Vila Cabral à Beira e depois de comboio da
Beira a Sena.
SONE, situado na margem direita do rio Zambeze, a poucos quilómetros
de Sena e de Mutarara, na margem esquerda, duas localidades unidas pela ponte
sobre o Zambeze onde passava o caminho de ferro da Beira até Moatize.
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