004.MASSANGULO - A chegada

15Ago1968

  
Depois de 48 horas numa saturante viagem de comboio, de Nacala até Catur, seguimos em viaturas para o aquartelamento de Massangulo, numa noite muito escura, passando por duas povoações (Chamande e Massangulo) que nos aplaudiram à passagem, dando-nos as boas vindas. No aquartelamento esperavam-nos os “velhinhos”, com várias fogueiras e até nos ajudaram a transportar os sacos. Deparamo-nos com estruturas de aquartelamento muitos boas: vários edifícios, um para cada grupo de combate, messe, cantina, secretaria, padaria, cozinha, oficina auto, abrigos, postos de vigilância, água, energia, etc. etc. resultado do trabalho das companhias anteriores ali colocadas. Embora já planeado desde Chaves foram nomeados definitivamente os Grupos de Combate: 0 1º com o Alf.G.Henriques, o 2º Alf.José Carlos, o 3º Alf.F.Gomes. e o 4º Alf.Neto.

Neste local dependemos do B.Caç.1936 no Catur, nos aspectos Administrativo, Disciplinar e Operacional.




Comentários
Acácio Tomás - No primeiro edifício a 1ª janela era a do meu quarto e a maior era da Secretaria, cuja entrada se vê antes do Pilar. Seguia-se a entrada para o Posto de Socorros. O outro edifício, ao fundo, era dum Cantineiro. O seu cozinheiro vinha-nos dar uma ajuda quando havia churrasco para "gente grande". No final vinha bater-me continência, com a mão esquerda atrás das costas, onde trazia um copo e pedia "Água de Lisboa".
Fernando Lopes - Esse cozinheiro, pessoa franzina, muito prestável e simpático, que dava pelo nome de "ARREGALÓ", quando mais "animado" conversava connosco na Messe e também chegava, por vezes, a puxar pelos seus galões e para quem quisesse ouvir dizia: "MIM SER FILHO DE UMPUTA; MIM SER GENTE GRANDE", como a querer dizer-nos algo como "cada macaco no seu galho". BOM HOMEM !

Algumas imagens do aquartelamento








INFORMAÇÃO:

Todos os comentários aqui registados serão integrados, posteriormente, no texto a que os mesmos se referem.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário