15Ago1968
Depois
de 48 horas numa saturante viagem de comboio, de Nacala até Catur, seguimos em viaturas
para o aquartelamento de Massangulo, numa noite muito escura, passando por duas
povoações (Chamande e Massangulo) que nos aplaudiram à passagem, dando-nos as
boas vindas. No aquartelamento esperavam-nos os “velhinhos”, com várias
fogueiras e até nos ajudaram a transportar os sacos. Deparamo-nos com
estruturas de aquartelamento muitos boas: vários edifícios, um para cada grupo
de combate, messe, cantina, secretaria, padaria, cozinha, oficina auto,
abrigos, postos de vigilância, água, energia, etc. etc. resultado do trabalho
das companhias anteriores ali colocadas. Embora já planeado desde Chaves foram
nomeados definitivamente os Grupos de Combate: 0 1º com o Alf.G.Henriques, o 2º
Alf.José Carlos, o 3º Alf.F.Gomes. e o 4º Alf.Neto.
Neste local dependemos do B.Caç.1936
no Catur, nos aspectos Administrativo, Disciplinar e Operacional.
Comentários
Acácio Tomás - No primeiro edifício a 1ª janela era a do meu quarto e a maior era da Secretaria, cuja entrada
se vê antes do Pilar. Seguia-se a entrada para o Posto de Socorros. O outro
edifício, ao fundo, era dum Cantineiro. O seu cozinheiro vinha-nos dar uma
ajuda quando havia churrasco para "gente grande". No final vinha
bater-me continência, com a mão esquerda atrás das costas, onde trazia um copo e pedia "Água de Lisboa".
Fernando Lopes - Esse cozinheiro, pessoa franzina, muito prestável e simpático, que dava
pelo nome de "ARREGALÓ", quando mais "animado" conversava connosco na Messe e também chegava, por vezes, a puxar pelos seus
galões e para quem quisesse ouvir dizia: "MIM SER FILHO DE UMPUTA; MIM SER
GENTE GRANDE", como a querer dizer-nos algo como "cada macaco no
seu galho". BOM HOMEM !
Algumas imagens do aquartelamento
INFORMAÇÃO:
Todos os comentários aqui
registados serão integrados, posteriormente, no texto a que os mesmos se
referem.
Sem comentários:
Enviar um comentário