António Moreira de SOUSA
Soldado -Atirador
Iniciei a minha vida militar em 28 Janeiro de 1968, no Regimento de Infantaria 13, em Vila Real, onde fiz a recruta. De seguida e com Guia de Marcha, enviado para o Batalhão de Caçadores 10, em Chaves, onde fiz a especialidade de Atirador no pelotão do Aspirante José Carlos Henriques.
Quando se formou a Companhia de Caçadores 2418, nos fins de Maio de 1968 e já mobilizada para Moçambique, fui integrado definitivamente no 2º Grupo de Combate, comandado pelo Alferes José Carlos Henriques, na secção comandada pelo Furriel Gama.
Tudo o que se segue, desde o embarque no Vera Cruz (23 Jul 68) à chegada no Niassa (13 Set 70), está descrito neste Blogue.
Algumas fotos que recordam a minha passagem por este período da minha história pessoal.
O meu abraço
António Moreira de Sousa
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A 23 de Julho de 1968 embarcamos no Vera Cruz, arrumados no porão como fôssemos mercadoria. Foram 21 dias de viagem com paragens em Luanda, Lourenço Marques, Beira e finalmente em Nacala. |
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Ao sabor do vento... |
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O nosso primeiro aquartelamento. MASSANGULO |
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De camuflado e pronto para a minha missão. |
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Junto a um dos abrigos que rodeavam o aquartelamento |
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Operacionalmente pronto! |
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Com alguns camaradas da minha Secção. |
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O 2º Grupo de Combate onde eu estava inserido. |
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Imagem obtida numa das nossas operações no mato. |
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Após algumas operações, quando garantida a segurança e enquanto esperávamos pelas viaturas de recolha, ocupávamos o tempo... |
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Todos prontos para trabalhar! Para além das operações também contribuíamos para a manutenção do aquartelamento. |
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Visita na povoação de Massangulo |
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Na Missão da Nª Sª da Consolata - Massangulo |
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Preparados para a operação que se segue... |
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A Berliet era a viatura principal que nos levava e recolhia das operações. |
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Saída da Companhia para a Operação S. Jorge com destino à BASE DE CATUR (26 Fev 1969) |
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BASE DE CATUR, depois de capturada e recolhido o material de guerra, foi queimada. |
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Material capturado na Base de catur |
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Material capturado na Operação Retorno (26 Mar 1969) |
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Na estação de Catur. Linha que iniciava em Nacala e terminava nesta estação (cerca de 800 km) bem perto do Malawi. |
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Aquartelamento de Catur e sede do comando do Batalhão 1936. |
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Junto ao memorial de Catur |
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Saída para Maniamba (21 Jun 1969) para uma actividade operacional muito arriscada e que duraria 6 meses. |
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Já em Maniamba. Atrás podemos ver os "apartamentos" onde vivemos durante 6 meses. |
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Neste período de intervenção em Maniamba (21Jun69 a 05Jan70) foi permitido mudar o perfil do rosto. Alguns com barba enorme, cabelos fartos, etc. eu limitei-me ao BIGODE! |
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A minha Secção (aqui com o Furriel Ferreira da Silva) |
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O 2º Grupo de Combate tendo como fundo o "condomínio" da nossa Companhia. |
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14 Ago 1969 Grande fatalidade! O rebentamento de uma mina que ceifou a vida a três camaradas e feriu catorze, sendo cinco feridos muito graves evacuados para hospitais. Eu estava nesta coluna, na primeira viatura! A mina rebentou na roda traseira da segunda viatura e projectou todo o pessoal a grande altura e muita distancia. De imediato, enquanto uns montavam a segurança em volta daquele espaço outros apoiavam os feridos e iam detectando os mortos. Foi um momento horrível da minha vida. O objectivo era a Base de Maniamba na operação Sagres 3. Devido à falta de viaturas tínhamos de ser transportados por duas vezes. A primeira levava o Grupo de Segurança e na segunda viagem seria o Grupo de Ataque. Eu fazia parte do Grupo de Segurança. |
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Acabada a missão em Maniamba toca a desmontar as tendas e preparar para o nosso regresso a Catur, onde estivemos 50 dias. De Catur saímos de comboio até Nacala (800 Km) umas 30 horas. Embarcamos e navegamos até à Beira. Nova viagem de comboio até à Vila de Sena (500 Km) debaixo de um calor sufocante. O destino final foi SONE. |
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